English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

21 de fevereiro de 2010

Aprendi que ...

O amor é o maior dos sentimentos e que nele não podem faltar o verbo, o verso e a verdade.
Nenhum gesto de afeto pode ser condenado.
Precisamos amar as pessoas e usar as coisas e não o contrário.
A realização pessoal é pontual, ou seja, chega na hora certa: nem antes, nem depois.
Pode-se fazer pouco ou muito, mas o melhor é fazer tudo.
A amizade acontece e não se mede em dias.
Fácil não significa rápido e muito menos simples.
Nada mais privado que o próprio corpo.
As armadilhas do caminho nos levam a atalhos necessários.
O horizonte vai muito além do que vejo, mesmo preferindo o aconchego da aldeia.
O universo é imenso. Há lugar para todos.
A manipulação só aceito de farmácia credenciada.
O julgamento só cabe aos juízes que têm a investidura.
A arrogância e a soberba, que são inchaços, devem ser cuidados.
“Bárbaros” são aqueles que desconhecem as regras e porque vivem da guerra têm curta duração.
O prêmio não fica na estante, mas na partida.
Têm coisas que, mesmo querendo, não se esquece.
Nem tudo o que se vê é verdadeiro num mundo das aparências.
Uma palavra que sai de uma boca nem sempre vem de um coração.
Solidariedade e generosidade são práticas que alguns não entendem.
A vida não é muito ou pouco: é apenas tudo o que pode ser.
Um sorriso de quem ama, compensa tudo.
O melhor lugar do mundo pode ser onde estou.
A paz na terra deve começar por mim.
E principalmente, que é melhor aprender logo,
porque se não for agora,
inevitavelmente o aprendizado virá depois.

20 de fevereiro de 2010

Meu nome é Calcanhar.

               Tenho vários calcanhares.  Emprego essa referência mitológica narrada na "Ilíada" homérica da antiguidade grega para entender onde fica a realidade perto da minha imaginação.  Curioso que esse poema valoriza sobremaneira a cólera do herói, porém foi o seu "calcanhar" que a História imortalizou.
               Se o ponto fraco era relatado como “Aquiles de rápidos calcanhares”, ou seja, sua fraqueza estava associada à rapidez na sua utilização, aqui dispenso o uso de velocidade para falar de meus próprios pontos fracos.
               Exercito-me, disciplinadamente,  diante do  impulso violento do herói grego e os sentimentos que o acompanha, assumindo minha numerosa coleção de defeitos, que conheço grande parte pelo próprio nome.
              Mesmo sabendo de todos os riscos que corro, esvazio-me da vaidade,  retiro a fantasia da soberba e decido sempre pela verdade, seja qual for. Exibo-me pelos calcanhares que nasci e outros todos que a vida se encarregou em adicionar-me.
               Nesses dias, toda a minha história pessoal vem à tona. Lembro os desafios que não tive outra saída senão superá-los, quando possível. Relembro os duelos desarmados que, como na lendária Tróia,   sou posto à prova e à provação, fora os tantos ainda que faltam involuntariamente enfrentar. Meu calcanhar, nessas horas, é um medo imenso que sempre vem diante do julgamento dos outros que sabem ferir e deixam sangrar. Outro é um sentimento de culpa que escapa quando a faixa amarela me impede de cumprir plenamente os compromissos que me são  dados. Vem também um tanto de frustração quando não atendo todas as expectativas de quem espera o que não possuo a mão. Mas, sem dúvida, o mais vulnerável de todos os outros meus tantos calcanhares, é a sensação que chega quando olho para frente e honestamente assumo, para mim mesmo, que sou falho e que posso não conseguir, dessa vez ou não mais.
               Meus calcanhares nunca me envergonharam. Sei que fraqueza não se associa diretamente a fuga e muito menos a covardia. O que me faz colocar um “plástico na cabeça” é descaradamente ignorar as flechas certeiras que cumprem, como no mito, o papel  de lembrar a um herói que sempre haverá  nele um “calcanhar” apenas humano.