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10 de maio de 2010

Eterníssima é o seu nome.

Hoje, dia das mães, choveu grande parte do dia.
Tempo com cheiro de terra, tempero e temperatura.
Tudo lembrou minha mãe.
Perto dela ficava grande e pequeno.
Tinha coragem e medo.
Medida não havia.
Ela era o meu norte e toda a minha canção.
Ao seu lado tinha certeza que o amor é possível.
Junto dela não desgrudava.
Setembro com ela parecia outubro.
Amor desses, dizem os especialistas demarcando as diferenças,
já se encontrava na mitológica Tebas com o "Complexo de Édipo".
Minha mãe foi a minha melhor professora e maior amiga.
Ganho o dia inteiro quando ouço que “sou a cara da mamãe”.
No espelho é inevitável encontrar-me nela.
Vai entender os tantos laços de quem ama com todo amor.
Encheu-me de "talquinho” certamente pra toda vida.
Herdei tudo dela. A mala veio cheia.
A ela tudo devo.
Confesso que não sou sempre o que ela esperava.
Nunca abriu mão de mim por nada.
Sempre segurou as minhas pontas.
Ai de mim se não fosse ela.
Quando juntos, era egoísta. Nada faltava.
Agradeço a Deus que nos fez mãe e filho.
Dias não há que ela não passeia pelo meu pensamento.
Guardo as nossas lembranças como o maior tesouro.
Há anos não está mais comigo.  Nunca sei morreu en mim.
Quando perdi minha mãe pensei que fosse morrer de tanta dor.
Longe dela fiquei sem o pé.
Sua última fala foi que “tinha que aprender a viver sem ela”.
Morrendo esmerava-se, ainda, ensinando a vida.
“ETERNÍSSIMA” é o seu nome e "SAUDADE" é o meu.

3 comentários:

Diogo Bonioli disse...

Fabuloso!! Vou ler no programa da rádio!!!

Unknown disse...

Felizes são as mães que têm a sorte de ter e sentir o amor de adoráveis filhos iguais a você!
Beijos!

Testahy disse...

Lindo demais! Recentemente perdi a minha avó e todos os dias lembro-me dela e como era maravilhoso tê-la por perto. Uma coisa que sempre tive em mente desde criança é aproveitar enquanto pode-se aproveitar. Acho até essa filosofia pessoal surgiu quando me dei conta que gosto de muitas coisas antigas: música, carros, ônibus, roupas, filmes etc. Então percebi que ninguém é eterno e a morte é inevitável, afinal os cantores que eu gostavam já tinham morrido.

Comecei a vivenciar e a sentir mais os pequenos momentos, pois já vi pessoas que perderam a chance de aproveitar alguém que já não está mais neste mundo; as pessoas que perdem essa chance morrem com o remorso no coração. Decidi que não quero ser assim, então sempre aproveitei os momentos, não os momentos que estou só, mas o momento no qual estou com as minhas melhores pessoas do mundo.

A saudade é inevitável e a tristeza pode bater de vez enquando, mas aquele sentimento de amor por alguém é incomparável e único.


Um forte abraço, meu grande amigo e eterno professor.

Fique com Deus